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Sobre vida e morte

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Jessé Souza* Meu pai dizia que ele não tinha medo de morrer, e sim de ficar agonizando até a morte. Seus temores se concretizaram depois de um atropelamento no trânsito, seguido de uma cirurgia de próstata e, por último, o Alzheimer – talvez um antídoto para esquecer o momento de dor de seus últimos dias. Comento a respeito da morte depois de ir ao velório de Dona Marlene Honorato, na Igreja Consolata, mãe de amigos de infância, Mário César, Nilton, Júlio, Márcia Saad e todos os demais parentes que viveram no bairro São Vicente por longos anos, quando ainda era uma periferia cercada por lavrados e um lago onde hoje é a Cadeia Pública de Boa Vista.  A morte assombra, sim, porque somos seres humanos inquietos sobre a eterna dúvida de onde viemos e para onde iremos quando o coração parar de bater e alma sacar desse corpo frágil. E por isso somos tão suscetíveis a todos os tipos de enganação, pois somos filhos da incerteza e, quem não se apega a Deus, perambula na inquietude d