Um poder paralelo montado pelo crime organizado em conluio com agentes do Estado

Esquema criminoso arregimentou servidores do sistema prisional para servir ao crime organizado (Foto: Divulgação) O grande silêncio que reinava no sistema prisional de Roraima só poderia fazer sentido se o crime organizado estivesse realmente bem articulado com agentes do Estado. Por longos anos, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e a Cadeia Pública de Boa Vista funcionaram por meio de um grande acordo entre presos e agentes do Estado, quando esses presídios eram uma colônia de férias para bandidos, com as lideranças comandando comércios dentro dos presídios e negociando benesses de toda espécie. Depois que esse grande negócio espúrio foi combatido e desfeito, com o Estado tentando retomar o comando dos presídios, que havia se tornado uma feira-livre do crime, começou uma onda intensa de violência, com fugas, rebeliões, atentados fora da cadeia e assassinatos. A situação encrudesceu quando as facções chegaram definitivamente, cujo ápice desse confronto entre bandidos...