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Mostrando postagens de junho 7, 2017

Arrocha na multa!

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Jessé Souza* Depois da “indústria da invasão”, em Boa Vista está sendo oficializada a “indústria da multa”, com publicação no Diário Oficial do Município, para que não haja dúvida. A Prefeitura de Boa Vista decidiu que vai abrir procedimentos para punir os agentes de trânsito que não batam a meta de 76 multas mensais e premiar os que chegarem a 200 autuações. Ou seja, o papel do agente municipal de trânsito passou a ser multar como regra absoluta, e não mais ser um profissional ativo em ações educativas e de orientação a pedestres e condutores. É como se o trânsito realmente tivesse se tornado uma guerra declarada oficialmente e os agentes sendo encaminhados para o confronto a fim de arrochar na multa. É verdade que o condutor boa-vistense não tem se comportado bem no trânsito, mas não se viu nenhuma atitude da prefeitura para educar e conscientizar sistematicamente, a não ser essas campanhas meia-boca que são realizadas em períodos festivos ou para justificar alguma ação

A grande indústria

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Jessé Souza* Morávamos em um barraco numa área onde hoje é a Vila Militar no bairro Mecejana, atrás do quartel do 6º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção). Logo a prefeitura removeu todas as famílias para o bairro São Vicente, um dos mais antigos localizados na zona sul da cidade. Ficamos numa área plana, mas perto de uma lagoa, onde está a Cadeia Pública de Boa Vista. Por certo tempo, algumas casas alagavam no inverno naquela região. São Vicente era a periferia de Boa Vista e ninguém queria morar lá. Mas a cidade foi avançando e hoje aquele bairro é um dos mais estruturados, onde ainda resistem algumas das famílias pioneiras. Naquele tempo, podíamos escolher uma área, em qualquer lugar, e tomar posse bastando levantar um barraco, inclusive sítios às margens de qualquer igarapé ou rio. Mas éramos tão desprovidos de ambição e de visão de futuro que nem ligávamos para acumular nada. Até que os imigrantes finalmente chegaram, os ricos e os pobres, e tomaram conta de tudo,

Tem jeito, sim!

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Jessé Souza* Os seguidos escândalos políticos revoltam, causam repulsa no cidadão de bem e provocam uma sensação de que o Brasil não tem mais jeito. Mas a verdade é que se trata de um momento importante para os brasileiros, sempre acostumados a depositar a confiança em um “herói” ou um personagem criado pela TV, a exemplo de Fernando Collor de Melo criado pela Globo. Estamos aprendendo a duras penas a fortalecer a nossa democracia, que mal saiu de uma ditadura militar. O brasileiro está tomando consciência de que é preciso entrar para o debate, e não agir com paixão para qualquer que seja o lado. E as redes sociais têm sido o canal para começar a aprender a enxergar as diferentes visões políticas e o comportamento do outro. A Operação Lava Jato veio para mostrar aos brasileiros que é preciso desratizar o país e se livrar das amarras que tornou o Brasil refém de uma corja que usou a política para enriquecer e alimentar seus esquemas. E o povo reaprendeu a ir às ruas sob a