Um brinde!

Jessé Souza* Não há nada de errado em reverenciar um ídolo que morreu em uma tragédia. O errado é tentar fazer o Brasil acreditar que temos que ter os mesmos ídolos criados pela TV e pelo modismo. E que temos de engolir tudo o que nos é empurrado goela abaixo, seja rock, pop, sertanejo ou música clássica. Tantos heróis anônimos que fizeram algo grandioso, mas que merecem apenas umas míseras linhas na imprensa ou alguns poucos segundos no telejornal em horário nobre. Muitos escritores que deram importantíssima contribuição para a arte, a cultura e a literatura que sequer são conhecidos porque eles não dão lucro para essa “indústria cultural” que preza pelo descartável. Diariamente, muitos pais e mães de famílias são vítimas da violência no trânsito e nos subúrbios das cidades sem que mereçam as devidas atenções, sem que suas histórias sirvam como uma boa lição para esse Brasil da frivolidade e de reacionários que conseguem adeptos pela ignorância, desinformação e o analfabe...