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Mostrando postagens de dezembro 8, 2016

Liberdade vigiada

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Jessé Souza* Sou do tempo da máquina de datilografia, da máquina fotográfica com filmes, do telefone com fio, da pesquisa no Barsa, da consulta do dicionário, do telex, do fax, do gravador com fitas, da TV que precisava esquentar antes como se fosse ferro de engomar (aliás, o ferro de engomar era a carvão).  Significa que sou de uma geração que passou por uma revolução sem precedentes, a começar pela morte da máquina de datilografia que foi substituída por computadores cada vez menores já ligados a uma internet que substituí o Barsa, o dicionário, o livro, o papel, os arquivos de aço...  Até a forma de pensar mudou. Precisamos ser mais ágeis, mas críticos, mais dinâmicos, mais espertos, pois nem tudo que parece ser é o que realmente é. Passamos a viver outra dimensão, aquilo que existe, mas que não é mais possível ser visto. A internet hoje, com seus algoritmos, está nos emburrecendo e tapando nossa mente. Somos induzidos a ler e a se agrupar somente com aqueles que pens