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Mostrando postagens de junho 10, 2016

Remendos e cavalo doido

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Foto: Divugalção/Google Jessé Souza* As novas medidas anunciadas pela Secretaria de Segurança para conter as fugas na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) podem ser consideradas apenas como um remendo em pano velho com tecido novo, ou seja, não vai adiantar. Com essa infraestrutura que se tem ali, caindo aos pedaços, só haverá desgastes por tentar aplicar medidas que não se sustentam em uma estrutura podre, já completamente dominada pelos bandidos, que fogem quando querem ou determinam de quem será a vez de "dar uma volta" para cometer assaltos e traficar drogas. O que o governo está fazendo com esse anúncio é tão somente querer dar uma satisfação à opinião pública, pois as autoridades sabem que ali é caso perdido. Somente um novo presídio para aplicar as medidas severas que visam instalar a ordem que sempre deveria existir em um presídio. Como os detentos mandam do portão para trás, ficando livres das celas, eles são os donos das alas, por isso

Fugas, remendos e republiqueta

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Foto: Divulgação/Google  Jessé Souza* Não há nenhuma novidade no sistema prisional. O que venho dizendo aqui, há tempos, apenas se confirma: quem manda na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo são os criminosos, que estão mais organizados do que o Governo do Estado. Não é à toa que se chama “crime organizado” a facção criminosa que lá se instalou faz certo tempo. O vídeo que mostra a fuga dos presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na noite de terça-feira, comprova que os bandidos estão bem articulados, agindo como se fosse uma tática de guerra medieval, semelhante à ação para invadir uma fortaleza – neste caso, para fugir por um muro que necessariamente nem chega a ser uma fortaleza. As imagens comprovam o que todos já sabem: os bandidos fogem quando querem e, pela organização impressionante mostrada nas imagens, são escolhidos aqueles que devem fugir. Os demais aparecem dando apoio jogando pedra nos policiais nas guaritas ou simplesmente ajudando a

Do cupim ao caos

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Jessé Souza* A Feira do Produtor é resultado de anos de desgoverno, sem cuidar do básico, que é fazer com que todos tivessem responsabilidade com o bem público, do produtor rural aos feirantes, dos administradores públicos aos fiscalizadores. Ninguém cumpriu com sua parte e aquele espaço de venda tornou-se esse mostrengo caindo aos pedaços. Por longos anos, o governo serviu apenas como uma figura paternalista, que dava da semente ao adubo, do caminhão da feira ao espaço público, sem cobrar contrapartidas, sem fiscalizar e sem fazer com que o bem coletivo recebesse manutenção para que não chegasse à situação atual. A partir de uma decisão judicial, que mandou fechar a Feira do Produtor, todos descobriram o óbvio: que o governo foi incompetente na missão de gerir o bem público, que o feirante e produtor foram negligentes com seu espaço de trabalho e que ninguém mais estava fazendo a sua parte, a não ser o consumidor que, apesar da estrutura precária, ainda vai lá fazer sua