Turma do barulho

Alguém se lembra de como o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) começou seu mandato na Câmara?
Poucos lembram. Mas contratou uma “turma do barulho” que ia para frente do Congresso, com faixas e cartazes, fazer protestos contra tudo e contra todos com a orientação de ser um parlamentar “eficiente” e que atraísse para si os olhares da mídia nacional.
Não só fez papel de bobo, como teve que mudar de estratégia. Decidiu usar a “política do gogó” para ajudar o arrozeiro Paulo César Quartiero a tentar ficar na reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Para quem não sabe, o arrozeiro seria um de seus principais financiadores de campanha e de luta judicial para que ele, com mandato cassado pela Justiça Eleitoral, permanecesse no cargo.
Falhou outra vez.
Agora estava tentando ser secretário estadual de Agricultura, que seria uma saída honrosa diante da iminente confirmação de sua cassação. Se cassado, ficaria como secretário do governador Anchieta Júnior (PSDB), contra quem fazia oposição velada.
A agricultura de Roraima não merece mais uma política do gogó.

Bola de cristal

Como eu já havia dito no passado. Essa “resistência” para não sair da reserva indígena Raposa Serra do Sol, mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, nada mais era do que uma forma de se consagrar definitivamente como vítima, para logo depois anunciar sua candidatura.
Dito e feito. Agora Quartiero já fala que sairá candidato nas próximas eleições.
Não precisa ter bola de cristal para enxergar o óbvio.
Com isenções governamentais, insumos e combustíveis comprados na Venezuela muitas vezes sem pagar imposto, o arrozeiro encheu os bolsos. Por isso hoje nem se preocupa em ser reassentado em outra área.

Monstros

Quartiero já disse que queria ir para a Venezuela plantar arroz com o então “amigo” Hugo Chávez. Mas lá o governo bolivariano não atura malcriados nem valentões que atiram molotov nas suas polícias. E manda privatizar quem não segue as regras.
Depois disse que iria para a Guiana. Mas lá a imprensa não pára de exibir o histórico de Quartiero em Roraima, onde comandou atentados contra os índios, ações com ataques de molotov contra policiais federais, além de plantações que não respeitavam o meio ambiente.
Agora vai ter que voltar com o rabinho entre as pernas.
A desculpa para não dizer que sairá escorraçado de lá é que foi impedido por “forças internacionais” que o perseguem.
Um fato temos que admitir: ele sabe inventar monstros de sete cabeças e sair sempre como vítima.

Comentários

  1. Excelente histórico desses "carrapatos" que se dizem defensores de Roraima, na verdade só defendem suas gordas contas bancárias.

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  2. Francisco Denis12:08 PM

    O pior de tudo, são as pessoas que se deixam levar por esses discursos ideológicos com interesses escusos. Basta conversar com qualquer cidadão e observar o que o senso comum conseguiu absorver de tudo isso. Ainda bem que a poeira baixou, pois já estava ficando preocupado com tanto preconceito contra os povos indígenas, pois assim como aconteceu contra os judeus na Alemanha, a tendência aqui era contra os indígenas. Posteriormente, esses discursos, culpariam(ou culpar) os maranhenses, depois os paraenses, amazonenses, e quando estivesse fechando com eles, começariam a se degladiar em quem era da parte norte ou sul de tal estado e depois....? Quem será a bola da vez para o "atraso" de Roraima?

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