Que jamais esqueçamos!


Jessé Souza*

Quem assistiu ao programa Fantástico, da Globo, no domingo à noite, teve uma noção de como o homem pode destruir-se e ferir de morte o Planeta com suas bombas atômicas. Hiroshima e Nagasaki são os maus exemplos que nunca devem sair da memória do ser humano. E as tristes imagens precisam ser repetidas, a todo custo, para que as gerações possam ter uma pequena noção do sofrimento imposto a um povo que até hoje sofre as danosas consequências.

As novas gerações também não podem ser poupadas das terríveis imagens dos campos de concentração nazista, criados por Adolf Hitler, um dos mais sanguinários ditadores da História da humanidade. Não se trata de impor um “sofrimento gratuito” às pessoas, mas de fazer senti-las como a crueldade humana pode lançar-se sobre aqueles cujos poderosos acham que devem ser eliminados.

O que não se pode admitir é a exploração de imagens isoladas do sofrimento humano, como ocorre hoje nas redes sociais, sem contexto histórico e sem propósito pedagógico. Mas os genocídios que feriram a alma do ser humano em tempos obscuros da História não podem ser esquecidos, ainda que as imagens provoquem o sentimento ruim nas pessoas.

Não lembrar que o ser humano foi submetido a estas crueldades pode gerar uma sociedade apática, que acha que não tem mais nada a ver com o que ocorreu no passado e com as ações genocidas de ditadores malucos. Ou que isso é “coisa do passado”, um problema de quem viveu naquela época.

Os ditadores estão sempre à espreita, esperando uma brecha histórica e a apatia da sociedade. Mesmo sob vigilância e leis que proíbem o enaltecimento de Hitler e do nazismo, por exemplo, surgem por todo mundo neonazistas que não se intimidam em pregar a mesma ideologia de raça superior e de eliminação de quem eles acham inferiores.

Por todo o mundo, não faltam autoridades corruptas que não hesitariam em eliminar aqueles que eles avaliam como “inúteis” ou “dispensáveis”. Quando a humanidade não fica vigilante, eles constroem muros, criam barreiras, isolam populações, colonizam e impõem políticas que deixam países reféns de suas decisões financeiras e econômicas.

Que as bombas que destruíram Hiroshima e Nagasaki nunca sejam esquecidas. Que as atrocidades praticadas por Hitler, Mussolini e tantos outros ditadores fiquem gravadas para que sirvam de exemplo de como somos frágeis diante do poderio de líderes políticos tresloucados.

Daí a necessidade da existência de pessoas comprometidas com a paz mundial e que lutem pela divisão de riquezas, pois a concentração de poder e de dinheiro gera pessoas que se sentem acima do bem e do mau, que se acham predestinadas a decidirem pela vida de quem elas bem entenderem. Jamais podemos achar que essas tragédias mundiais não dizem respeito a nós, da atualidade, e que jamais irão se repetir. A vigilância deve ser constante.

P.S.: Artigo publicado originalmente na Folha de Boa Vista

*Jornalista
jesseroraima@hotmail.com

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