Trocando o bonde


A educação tradicional do giz e do quadro negro já vem sendo superada há um certo tempo com a chegada de novas tecnologias. E não estou me referindo somente à internet, mas também a instrumentos como notebook, data-show, celular e outros equipamentos que podem gerar arquivo e imagens.

A internet com o Google e redes sociais, como Facebook e o Youtube, fisgou definitivamente o público mais jovem, mas bem mais jovem mesmo, beirando a pré-adolescência, que tem buscado novas maneiras de se relacionar com amigos e com mundo por meio de “likes”, “seguidores” e “compartilhamentos”.

E a escola precisa acompanhar isso, levar o que é bom para dentro de sala de aula para que ela possa começar a conversar de forma bem aproximada com essa nova turma plugada na internet. Não adianta mais tão somente proibir o celular com internet e suas várias possibilidades de pesquisas e interação.

 O problema é que a maioria das escolas públicas está longe desta realidade, pois mal consegue ter um laboratório que consiga satisfazer as necessidades básicas da educação, além de professores que não entendem a nova linguagem das redes sociais e dos jogos que arrebanham milhões de crianças e adolescentes no mundo todo.

Não estou aqui querendo dizer que livros devem ser trocados pelo Google, e a hora do recreio por videogames. E sim a escola começar a usar as ferramentas modernas a seu favor, percebendo que esse novo mundo que surge na internet pode ser usado a favor da transmissão de conhecimento.

A leitura é essencial para a formação das pessoas, desde tenra idade. Ela jamais poderá ser substituída ou preterida. Mas a atual geração começou a se informar e a se comunicar por celulares, além de criar verdadeiras comunidades que se comunicam exclusivamente por meio da internet. Até a mídia tradicional está tendo que se adaptar a estas novas ferramentas para que não caia no precipício.

Há um novo desafio e a escola precisa perceber que não pode ficar lutando contra o Google, o Facebook, o Youtube ou outros recursos tecnológicos. Tem que perceber a realidade e usar essas novas ferramentas a seu favor, a favor da educação. A internet e os equipamentos tecnológicos não podem ser mais vistos como “trazedores de maldades” ou “isoladores do mundo real” ou ainda “fomentadores de banalidades”.

Nem os pais conseguem entender muito bem o rumo que esta transformação está seguindo, por isso é preciso que a escola possa estar atenta para compreender que uma nova realidade está sendo construída, quer queiramos ou não. E o verbo proibir não se pode ser conjugado antes de monitorar e compreender.

O bonde da história agora tem outro nome. Então, desçamos do antigo bonde para pegar esse novo veículo para que a gente não fique para trás definitivamente. Como fazer isso? Sei lá, estou aprendendo também...

*Jornalista
jesseroraima@hotmail.com


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Damurida com Xibé

Deputado federal na mira da Operação Arcanjo

Filha de magistrado é servidora do governo, mas mora em Goiânia