Custo e trazedores de recursos



Quanto custou aos cofres públicos e ao Governo Federal as decisões tomadas pela presidente Dilma Rousseff que irão permitir o Estado se desenvolver? Respondo logo: zero custo. Não custou nada aos cofres públicos e não demandou qualquer operação especial para tomar as decisões a fim de liberar as obras do Linhão de Guri e abdicar da exigência de Roraima criar mais uma área de proteção ambiental, o Parque Nacional Lavrados.

Significa que, a partir de agora, ressurge a esperança de que o Estado tenha uma matriz energética confiável, o que certamente dará segurança para que as indústrias invistam em Roraima. Aliado a isso, destrava-se a regularização fundiária, permitindo aos empresários, produtores rurais e à população em geral a garantia de suas terras.

Com energia confiável e terras documentadas, não haverá empecilhos para os empresários e produtores investirem no Estado, acabando com a economia do contracheque, e ainda permitirá a população ser proprietária dos imóveis urbanos e rurais que ocupa, podendo investir e ter garantia de financiamentos para que melhore sua vida.

Mas o Estado e os políticos, a partir de agora, precisam agir para concluir a regularização fundiária, o que significa extirpar os verdadeiros grileiros de terras, os quais têm conluios com políticos locais, e também elaborar e aprovar o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE) do Estado.

Esse é o próximo passo de quem quer ver o Estado se desenvolver. Roraima não vai crescer com essa balela de “trazer de recursos”. Dinheiro chegou aos montes ao Estado, mas foi flagrantemente roubado pelos políticos corruptos com seus esquemas entranhados na máquina pública.

A dinheirama que foi “trazida” por emendas parlamentares ou por meio de convênios foi parar, em sua maioria, no bolso desses que alardeiam ser “trazedores de recursos”. À medida que eles, os corruptos, foram enriquecendo, o Estado de Roraima e sua população foram empobrecendo.

Então, é hora de tirar as máscaras. O desentrave de Roraima não precisou de nenhum recurso federal. Foram necessários tão somente três canetadas e um pouco de vontade política, coisa que os poderosos locais, que sempre estiveram no poder, em Brasília, nunca tiveram interesse em resolver.

Mentindo que são eles necessários e imprescindíveis para trazer recursos federais, como se a população de Roraima fosse viver de pires nas mãos para o resto da vida, esses políticos nunca quiseram resolver os principais problemas do Estado, para que pudéssemos caminhar com as próprias pernas, se livrando da mendicância oficial e da economia do contracheque. Vamos começamos uma nova Era. O momento é agora.

P.S.: Artigo publicado originalmente na Folha de Boa Vista

*Jornalista

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