CBX, Corrupção Brasil se multiplicando


Essa é a cara do Brasil: o homem que já foi o mais rico do Brasil, Eike Batista, construiu sua fortuna com a ajuda da corrupção que campeia sem freio no meio político.  Com o desdobramento da Operação Lava Jato, a Polícia Federal aponta Eike, hoje ex-milionário, como um dos envolvidos no suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro que tem como personagem o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que já está preso.

As cifras da corrupção apontam R$52 milhões em propina. É assim que a corrupção endêmica funciona no Brasil, com o dinheiro público alimentando esquemas envolvendo empresários desonestos, os mesmos que se beneficiam das falcatruas e depois lavam a mão dos corruptos em forma de doação para campanha eleitoral.

Só para contextualizar, a marca das empresas do grupo empresarial leva as iniciais do nome de seu proprietário com a letra “x” no final, significando a multiplicação de seus negócios: EBX. Sendo assim, a Corrupção Brasil também tem suas multiplicações e seu símbolo: CBX.

Do caso EBX, é possível fazer um paralelo com todas as desonestidades praticadas de Norte a Sul do Brasil. Os esquemas são entranhados nos governos em todos os níveis, com empresas fazendo negociatas e participando do jogo sujo de licitações fraudulentas, obras de fachada ou apadrinhamentos que eliminam os empresários que querem trabalhar na honestidade.

O ciclo vicioso faz com que filhos desses empresários velhacos já nasçam com uma fatura debaixo do braço para receber do governo quando eles crescerem. É o dinheiro sujo das negociatas que banca as campanhas eleitorais baseada na compra de voto. E que enriquecem cada vez mais essa parcela da elite que constrói suas mansões e compram seus carrões à custa do sacrifício do povo na educação, na saúde e na segurança.

É por meio desses esquemas que empresas de fachada ou não, como é o caso de Eike Batista com o ex-governador do Rio, que os políticos corruptos ocultam seus patrimônios, multiplicando seus bens e engordando suas contas bancárias de forma desonesta.

Mas isso não significa que todos os empresários constroem suas fortunas de forma desonesta. A maioria batalha duro para construir suas riquezas e contribuir para girar o PIB deste país, mas é uma minoria que se dá bem às custas da desgraça da nação,  corroída por uma crise sem precedentes e impotente diante de um sistema prisional medieval. É isso que revolta e que precisa ser combatido.

P.S.: Artigo publicado originalmente na Folha de Boa Vista 

jesseroraima@hotmail.com

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